Decorrem desde hoje ate amanhã, as 11as Jornadas Científicas e Tecnológicas de Moçambique, sob o lema " Investigação Científica, Inovação e Transferência de Tecnologia como catalizadores do Desenvolvimento Sustentável", na Cidade da Beira, Provincia de Sofala.
Este evento, é organizado pelo Fundo Nacional de Investigação, sob os auspícios do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional e conta com a participação de membros do governo, académicos, cientistas e inovadores provenientes de toda a região centro do país.
As Jornadas Científicas são plataformas de interesse social e científico onde os cientistas ou inovadores tem a oportunidade de fazer uma actualização técnico-científica, promover debates, e partilha ou troca de experiências e de reflexões e disseminação de resultados de investigação. E, servem tambem como fóruns que incentivam o desenvolvimento e a transferência de rigorosa pesquisa e práticas profissionais e organizacionais baseadas em evidências.
Intervindo na ocasiao da abertura da conferencia, João Jussar, o Oficial de Programa para a area de Pesquisa, disse que a Suécia considera que “a pesquisa é uma importante componente no processo do desenvolvimento do que é considerado “sociedade do conhecimento”. E, que isto envolve a interacção entre a pesquisa e a sociedade no geral, ou seja, sistema de inovação. A pesquisa também tem uma função importante como base para a tomada de decisão. A capacidade analítica e a experiência em áreas específicas a nível doméstico são essenciais para que o país participe como parceiro com igualdade de conhecimento nas discussões internacionais sobre questões importantes”.
Para alem do destaque dos aspectos positivos, Jussar apontou tambem os desafios que o sector enfrenta, tais como o sub-financiamento dos sectores do ensino superior e a investigação em Moçambique, o reconhecimento de que as mulheres estão significativamente sub-representadas na área da ciência e enfrentam muitas barreiras em Moçambique, a importância de publicar os resultados científicos e a reluctância do sector privado em financiar a pesquisa, e instou o governo moçambicano a tomar estes assuntos como prioritários para encontrar respostas para estes desafios.
Jussar fez tambem referência a longa e bem sucedida parceria de cooperação na área de pesquisa entre Suécia e Moçambique que dura há mais de 40 anos; cujos maiores beneficiarios são a Universidade Eduardo Mondlane e o Fundo Nacional de Investigação.
A Suécia apoia o FNI no quadro dos esforços de fortalecer a sua capacidade como uma agência de financiamento. O FNI tem um papel muito importante em assegurar que o financiamento seja canalizado a pesquisas de alta qualidade e que as inovações daí produzidas em benefícioa da população sejam financiadas. O actual acordo com o FNI de 2016 a 2021 esta orçado em 42.5 mSEK.
